sábado, 10 de dezembro de 2011

LÍNGUA MAIA

São inúmeros os dialetos falados na área correspondente ao Yucatàn, Guatemala, El Salvador e Belize. De qualquer forma, os lingüistas dividem-nos em dois grandes ramos: o huasteca e o maia. Este segundo ramo se subdividiu em outras línguas (como o Chol, Chintal, Mopan, etc.). 


A língua maia, falada no Yucatãn, sofreu inúmeras transformações com as invasões toltecas e também devido às influência da língua Náuatle falada pelos astecas. 

Em seus monumentos deixaram uma série de inscrições que até hoje não foram decifradas. Infelizmente muitos documentos maias foram destruídos chegando até nós apenas três livros. São eles o Códice de Dresde, o Códice de Madri e o Códice de Paris. 

Os livros maias eram confeccionados em uma única folha que era dobrada como uma sanfona. O papel era feito com uma fibra vegetal coberta por uma fina camada de cal. O conteúdo desses livros são de natureza calendárica e ritual, servindo para adivinhações. 

Um dos cronista que viveu na época da conquista, o Bispo Diego de Landa, refere-se aos livros que os maias utilizavam permitindo-lhes saber o que havia sucedido há muitos anos. Portanto, a escrita representava um elemento importante na preservação de suas tradições culturais. Mas, infelizmente grande parte deles foram destruídos como se pode constatar na afirmação do próprio bispo: "...Encontramos um grande número de livros escritos nesses caracteres, e como nada tivesse a não ser flagrantes superstições e mentiras do demônio, nós os queimamos a todos". 

Os maias desenvolveram uma escrita hieroglífica que, ao contrário dos hieróglifos egípcios eram esculpidos e não pintados, aliás os maias eram os melhores escultores do Novo-Mundo. 

Infelizmente pouco material sobreviveu à invasão branca que destruía tudo em nome da fé católica "contra as heresias pagãs". Os melhores vestígios dessa escrita são os livros de Chilan Balam (a pedra de roseta das Américas), escritos em língua maia, mas com caracteres latinos que ajudou muito na tradução de parte dos hieróglifos.

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