domingo, 27 de novembro de 2011
ILHA DE PÁSCOA- MISTÉRIOS.
Toda a população da ilha de Páscoa vive hoje na cidade de Hanga Roa, no sudoeste da ilha. Os sítios arqueológicos estão espalhados pela região costeira, mas vale fazer passeios pelo interior da ilha. Há um ponto, Vaihu, onde as bússolas enlouquecem se colocadas em cima de uma pedra esférica; efeito de metais magnéticos ou de energias cósmicas, dependendo das convicções.
A chegada dos primeiros colonizadores da Polinésia à ilha de Páscoa é contada na lenda do rei Hotu Matu, a qual faz referência a sete navegantes. Estes poderiam, segundo alguns arqueólogos, ter sido homenageados pelos sete moai de Ahu Akivi, os únicos na ilha que olham para o mar, justamente em direção à Polinésia. No final da lenda, há um detalhe sentimental que humaniza a narração e a faz mais verossimilhante.
Diz a tradição que na ilha de Hiva (hoje desconhecida) o rei presenciou um cataclismo. Viu que a terra havia se afundado no mar. Ao subir, o mar engoliu famílias inteiras, homens e mulheres, crianças e idosos. O rei resolveu então partir com todo seu grupo.
Antes de empreender o êxodo, porém, mandou na frente uma expedição de reconhecimento à terra de sua próxima residência.
Sete navegantes zarparam para o leste, na direção do sol, e chegaram a Rapa Nui. Procuraram uma parte plana para poder desembarcar. Na primeira baía não havia condição, porque era muito pequena. Após outras tentativas, finalmente descobriram uma baía adequada, da qual exploraram a ilha inteira e regressaram a Hiva.
O rei desembarcou na praia da baía de Anakena. Havia vários barcos, cada um transportava centenas de pessoas.
Todas desceram gritando e gesticulando e beijaram a terra. Meninos pisavam timidamente na areia, homens e mulheres iam e vinham para descarregar dos barcos os alimentos e seus pertences.
Finalmente o rei inspecionou a praia que seria sua nova residência. Logo mandou construir uma casa para ele e outra para sua mulher. As casas apontavam para o mar, agora em direção oeste, onde o sol se põe.
O arquiteto das casas, Nuku Kehu, por sua vez, se entristecia ao olhar para o sol que descia em direção à ilha de Hiva, pois sua mulher havia morrido lá .
Make Make
Outra lenda conta os atos de Make Make, o único deus de Rapa Nui. Ele estava sozinho e isso não era bom. Apanhou uma cuia cheia de água e olhou dentro dela. Observando o reflexo de seu semblante no líquido, disse: "Salve, jovem! Que bonito és, estás parecido comigo".
Make Make fez um orifício na cuia e tentou fecundar a água, mas abundaram somente peixinhos, chamados "parokos". O trabalho não resultou em nada. O deus pegou então uma pedra, fez um orifício nela e tentou fecundá-la. Tampouco resultou em algo.
Make Make voltou a trabalhar, amontoou terra, fez nela um orifício e a fecundou. O resultado, dessa vez, foi o homem.
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