segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ANJOS E A BÍBLIA

A denominação de Anjos Mensageiros acabou se impondo pelo uso e permanecendo, pois o significado de Anjo é mensageiro ou enviado.
 A palavra vem do latim, angelus, do grego ángelos, traduzindo o termo hebraico mal'ak. Quando nos referimos a um Anjo, não estamos tratando de um mensageiro comum e isso fica bem evidente na tradução latina da Bíblica, chamada de Vulgata. Quando se refere a um mensageiro comum, é usado o termo nuntios. Quando se refere a um mensageiro celeste, o termo empregado é angelus.
Fica claro, portanto, a natureza celestial e o papel que desempenham, intermediando o Criador e os homens. Interessante observar também que em diversas outras culturas e sistemas religiosos, há menções a esses seres espirituais que nós chamamos de Anjos. Seu trabalho é incansável.
A cada momento, marcam sua presença na Terra, prestando ajuda, socorrendo, levando e trazendo mensagens divinas, num vaivém que nossos olhos e ouvidos não captam, a menos que estejamos em perfeita sintonia com eles. É essa sintonia, outrora familiar e até comum, que se pretende resgatar.
As referências aos Anjos, na Bíblia, surgem cento e oito vezes no Velho Testamento e cento e setenta e cinco, no Novo, sendo que dessas, um total de setenta e duas aparecem no Apocalipse.
O fato mais importante a ressaltar, no entanto, é que no Novo Testamento, além de citações pelo próprio Jesus Cristo, os anjos aparecem servindo-o, como após sua tentação pelo diabo, na passagem do deserto, conforme Mateus 4:11.
Além dessa passagem, outra intervenção direta é na ressurreição de Jesus, com a da pedra que fechava o sepulcro, quando um anjo desceu do céu, removendo-a, conforme revelado em Mateus 28:2. Os outros evangelistas citam igualmente a participação dos Anjos, durante o ministério de Cristo, como Lucas 1:11, Marcos 1:13 e João 1:51, além de surgirem também nas Cartas dos Apóstolos e nas revelações do Apocalipse, onde são mencionados já no início do texto.
Durante os séculos, estudiosos se debruçaram sobre as Sagradas Escrituras, buscando estabelecer a correta relação dos Anjos com Deus e seu papel em relação à Humanidade, como Eusébio de Cesaréia, Atanásio, Basílio Magno, Ambrósio de Milão, Jerônimo, João Crisóstomo, Cirilo de Jerusalém, Cirilo de Alexandria, Agostinho e Dionísio. Este, inclusive, que realizou seus estudos por volta do início do século VI, foi quem estabeleceu a divisão dos Anjos em três classes, ou ordens, subdivididas, por sua vez, em outros três níveis.
Essa divisão é aceita até hoje e se caracteriza por determinar a posição de cada Anjo em relação a Deus e aos homens.
A primeira Ordem, por exemplo, estaria mais próxima de Deus e mais distante dos homens. A segunda, seria uma intermediária dessa três ordens, já que a terceira estaria mais próxima dos homens e mais afastada de Deus, mas não menos qualificados para intermediar as relações entre esses dois planos, o de Deus e o do homem.
Segundo Dionísio, esta é a hierarquia dos Anjos até hoje aceita:


Serafins
Querubins
Tronos
Dominações
Virtudes
Potências
Principalidades
Arcanjos
Anjos da Guarda


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