Plantas ornamentais são aquelas que se distinguem pelo florescimento, pela forma ou colorido das folhas e pela forma ou aspecto geral da planta. Elas preenchem os espaços livres e adaptam-se a recipientes de enfeite, estabelecendo no mundo moderno o contato mínimo possível do homem com a natureza.
As plantas ornamentais formam diversos grupos quanto ao efeito que podem proporcionar; efeitos pelas flores e folhagem vistosa. Ambos grupos são utilizados na formação de conjuntos em canteiros, sombra ou pleno sol. São usadas isoladamente ou em vasos individuais, ou destinam-se à produção de flores cortadas. Podem ocorrer, as que produzem efeito misto, de flores e folhagem.
Segundo a sua estrutura, são herbáceas as plantas que possuem tecidos pouco consistentes e são lenhosas as que tem tecidos rijos, endurecidos que formam o lenho. Entre estes dois tipos básicos existem as semi-lenhosas e as semi-herbáceas.
As plantas têm ciclos vegetativos variáveis. São anuais as que o têm dentro de uma ou duas estações do ano, reproduzindo-se exclusivamente por sementes. São bienais as de ciclo que se estende por mais de quatro estações. Geralmente são cultivadas como anuais. Estes dois ciclos abrangem plantas herbáceas. São perenes quando o ciclo é longo, indeterminado.
Abaixo estão descritas a definição, função e alguns exemplos das plantas ornamentais, conforme sua classificação:
Árvores: é toda vegetação lenhosa com tronco, copa definida e tamanho adulto superior a seis metros.
Árvores: é toda vegetação lenhosa com tronco, copa definida e tamanho adulto superior a seis metros.
Função: ornamenta; produz sombra; diminui a amplitude térmica; diminui, orienta e controla ventos; ameniza a poluição sonora e do ar; atrai e abriga pássaros e outros animais pequenos; ajuda a manter o equilíbrio da natureza.
Exemplos: Salix babilonica (chorão), Delonix regia (flaboiã), Spathodea campanulata (espatodea), Melia azedarach (cinamomo), Cryptomeria japonica (criptomeria) .
Arbustos: é toda vegetação geralmente lenhosa, com bifurcação a baixa altura ou rente ao solo, de tamanho adulto inferior a seis metros.
Função: ornamenta, delimita a visão e orienta a circulação das pessoas, proporciona privacidade, complementa linhas arquitetônicas, destaca ou esconde vistas pouco estéticas, forma cortina vegetal para a proteção do vento, pó e ruído.
Exemplos: Nerium olander (espirradeira), Rhododendron sp. (azaléia), Schefflera sp. (cheflera), Dracaena fragrans (dracena), Hydrangea macrophylla (hortênsia).
Trepadeiras: toda vegetação caracteristicamente lenhosa que precisa de algum suporte ou tutor para crescer. O seu desenvolvimento adquire forma e direção variável de acordo com o objetivo pretendido.
As trepadeiras, de acordo com a característica de crescimento, podem ser classificadas em:
- Trepadeiras volúveis: o caule tem hábito de se enrolar em algum suporte de forma em espiral;
- Trepadeiras samentosas: os caules emitem órgãos fixadores, prendem as plantas ao suporte com raízes fixadoras, gavinhas e ganchos;
- Cipós: são trepadeiras que não possuem órgãos fixadores. Seus ramos no início crescem para cima, depois com o peso vergam para baixo, formando um arco. Desse arco sai novo broto que repete o ciclo;
- Arbustos escandentes: são plantas que adquirem porte arbustivo quando plantadas isoladamente, mas quando plantadas junto a algum suporte, espicham seus ramos e alongam seus caules a fim de se apoiar. Não possuem órgãos fixadores e precisam ser amarrados para se fixarem no lugar desejado.
Função: ornamenta, serve para destacar ou chamar atenção de detalhes arquitetônicos, cobre muro ou parede de aspecto desagradável, forma pergolados ou caramanchões, separa um ambiente do outro, alcança locais altos e distantes onde não existe terra para o seu cultivo e substitui os arbustos em locais muito estreitos onde não existe terra para o seu cultivo e substitui os arbustos em locais muito estreitos onde não há espaço suficiente para o desenvolvimento.
Exemplos: Allamanda cathartica (alamanda), Pyrostegia venusta (cipó-de-são-joão), Wistaria sinensis (glícinia)
Palmeiras e cicadáceas: são plantas de variados portes com aspecto característico tanto do tronco como da copa. Seu tronco é chamado de estipe e suas típicas folhas são geralmente pinadas e flabeladas. São tipos que impressionam principalmente pela silueta esbelta.
Função: ornamenta, caracteriza uma região, complementa linhas arquitetônicas e atrai pássaros.
Exemplos: Euterpe oleracea (açaí), Butia eriospatha (butiá), Roystone regia (palmeira real), Cycas revoluta (sagu)
Plantas herbáceas: são plantas com caule não lenhoso ou semi-lenhoso de porte variado, podendo adquirir a altura e os efeitos de um arbusto. Podem ser plantadas em locais de sombra ou não. Podem ser perenes e anuais.
Função: ornamenta, substituem os arbustos em locais sombreados, dependendo da cor ou textura de suas folhagens ou floração serve como contraste ou ponto atrativo.
Exemplos: Cactus spp. (cacto), Anthurium andreanum (antúrio), Canna spp. (biri), Viola tricolor (amor-perfeito), Tagetes spp. (cravo-de-defunto)
Plantas de forração: são plantas com crescimento horizontal sensivelmente maior do que o vertical, que servem para cobrir a superfície do solo e que são distintamente diferenciadas dos gramados por serem geralmente intolerantes a insolação direta e ao pisoteio.
Função: ornamenta, protege o solo contra as erosões originadas do vento e das chuvas, serve para quebrar a monotonia de extensos gramados, forma desenhos ou emblemas e aumenta as opções de escolha e as possibilidades de soluções paisagísticas devido as diferentes texturas e cores das folhas.
Exemplos: Tradescantia sp. (trapoeraba), Portulaca sp. (onze-horas), Tropaeolum majus (chagas)
Gramado: são superfícies do solo protegidas do intemperismo formada exclusivamente pela família das gramíneas (Poaceae).
Função: ornamenta, é imprescindível para alguns esportes, diminue o brilho do sol, funciona como um tapete e protege a superfície do solo.
Exemplos: Zoysia matrella (grama coreana), Axonopus affinis (grama curitibana), Melinis minutiflora (capim gordura)
Plantas suculentas: são plantas que geralmente habitam regiões ou zonas áridas e possuem tecidos carnosos muito ricos em água, constituindo uma reserva hídrica para os longos períodos de seca.
Função: ornamental, caracteriza uma região
Exemplos: Euphorbia tirucalli (avelós), Kalanchoe sp. (calanchoe), Agave americana (agave)
Plantas aquáticas : são plantas que se diferenciam das demais por habitarem o meio aquático.
Elas podem ser:
- Flutuantes: quando não possuem qualquer fixação, estão sempre a superfície da água. Preferem águas calmas;
- Emergentes: quando fixam as raízes ao solo, suas folhas e caules, a princípio submersos, posteriormente emergem e ficam em contato com a atmosfera. Sua floração é aérea.
- Submersas: quando nunca emergem na água. Fixam-se no solo e são muito utilizadas em aquários;
- Palustre: são plantas que crescem em lugares pantanosos.
Função: ornamenta, diminue o brilho da água parada em grandes extensões, serve de alimento e abrigo dos peixes e continuação do verde que existe em envolta dos recipientes aquáticos.
Exemplos: Eichornia crassipes (aguapê), Elodea canadensis (elódea), Typha domingensis (taboa) .
Nenhum comentário:
Postar um comentário