quarta-feira, 31 de agosto de 2011

KIT ANTI- HONESTIDADE!

2012 TEREMOS ELEIÇÕES PARA PREFEITOS E VEREADORES!
TROQUE SEU CACHORRO POR UMA CRIANÇA POBRE!!!
NÃO TROQUE SEU VOTO POR NADA!

UM MÊS DO ARTE SABOR E CIA.


JARDINAGEM


PRAGAS DE JARDINS-II


Cochonilhas e Pulgões

Um dos insetos mais prejudiciais às plantas ornamentais e frutíferas é a cochonilha. 
cochonilhas - dactylopius coccus
Tem diversas aparências e nomes.
Prendem-se às folhas superiores ou inferiores, a troncos e ramos, sugando a seiva elaborada rica em glicose.
Suas fezes são aproveitadas pelas formigas.
Elas as levam para sua morada onde cultivam com ele um fungo do qual se alimentam. 
Também sobre esta seiva açucarada ocorre um fungo oportunista, conhecido como fuligem ou fumagina.
cochonilhas esbranquiçadas
Muitos são os prejuízos para a planta: estético, diminuição de sua energia pela perda da seiva e porque com as folhas cobertas não há produção de fotossíntese.
Para combatê-las utilize os venenos verdes que daremos a receita a seguir. 
Fumagina atacando folhas de gardenia
Mas também é preciso livrar-se da formiga.
Iscas ecologicamente corretas são comercializadas para este fim.
Para eliminar a fumagina, lave a planta com uma mistura de sabão daqueles de barra.
Dissolva o sabão em água quente, espere esfriar, e faça aspersão sobre as folhas.
Lave depois com água limpa.

PRAGAS DE JARDINS.


                      Devoradores das plantas

O caracol. Assim como as lesmas, elas comem as plantas.

tatu-bolinha ou tatuzinho de jardim


Tatuzinho de jardim, bicho de conta ou tatu bolinha

Outros “bichos’ costumam aparecer e esconder-se entre as plantas, como o bicho-bola, conhecido também como tatuzinho.
      
Esconde-se entre pedras e restos de plantas decompostas.
Aprecia plantas recém plantadas, comendo a base do colo junto ao solo.
Seu combate é difícil, mas podemos tornar o meio ambiente desagradável para ele, limpando bem os canteiros de plantas fenecidas e não fornecendo abrigos onde se esconda.
Coloque substrato sem adubo

Lesmas e caracóis

Quem também aprecia lugares úmidos e escondidos é a lesma (veja foto), com caracol ou sem, comendo vorazmente as plantas, principalmente após uma chuva.

Além da catação que o jardineiro pode fazer, também poderá usar iscas atrativas.
Faça o seguinte: corte o gargalo de uma garrafa PET pequena, coloque leite ou restos de refrigerante ou cerveja, juntando sal.
O alimento atrairá a lesma e ela morrerá por desidratação.
O uso de cinzas de fogão ou lareira espalhados sobre os canteiros também ajuda a repelir.
Existe no mercado venenos para lesmas, mas sempre que puder evitar seu uso, o meio ambiente agradecerá.

De lagartas a borboletas

Você aprecia o vôo das borboletas, de flor em flor, à busca do néctar?
Aprendeu na escola que a borboleta ajuda na polinização assim como as abelhas.
Sua fase inicial, após eclodirem do ovo é a lagarta, de muitas formas, tamanhos e cores.
Algumas são perigosas.
Quanto mais “enfeitada”, com espinhos, coloridas e com chifres, mais danosas serão se você tocar nelas, podendo causar alergias e ferimentos.
Estas estruturas, odor e substâncias segregadas são a sua defesa, pois lagartas são presas de pássaros, que, no entanto evitam estas assim armadas.
A borboleta, fase adulta do inseto, é seletiva quanto à ovoposição, apenas algumas plantas são as escolhidas como hospedeiras.

Coloque substrato sem adubo
Elas apreciam, entre outras plantas um arbusto delicado de nome penta (Penta) e o manacá-de-cheiro (Brunfelsia) .
A penta, inclusive, é uma das plantas cultivadas dentro de borboletários.
Se você detesta e tem medo de lagartas, ou há crianças em casa que gostam de mexer nas plantas, evite ter então as que atraem a fêmea da borboleta que irá procurar em outro lugar a planta-hospedeira para sua prole.
completando o vaso da samambaia azul com mais substratoSe, pelo contrário, gosta de ver borboletas no jardim, quando topar com uma lagarta destas serpenteando no chão atrás de comida, coloque-a no canteiro.
Logo fará um casulo, e ficará como uma bela adormecida, esperando a glória da metamorfose, transformando-se de bicho feio a uma bela e efêmera criaturinha alada.


                              

VENENOS VERDES OU BIO PESTICIDAS.

alamanda amarela - alamanda cathartica
Foram assim batizados os defensivos vegetais que podemos elaborar a partir de plantas tóxicas, com o fim de liquidar insetos, principalmente cochonilhas e pulgões, que danificam as plantas ornamentais.
São conhecidas nossas e de repente podem até estar em nosso jardim.
Uma é a alamanda amarela (Allamanda cathartica) , bela trepadeira que enfeita pérgulas e muros.
Outra é a arruda (Ruta graveolens) , que além de repelir pode controlar bem os pulgões.
ÓLEO DE NIN

O óleo de nim, de uma árvore chamada Azadirachta indica, originária da Índia, além de repelir mosquitos e moscas, pode controlar com eficiência cochonilhas e pulgões, entre outros.
Já é cultivada no país e o óleo extraído dos frutos está à venda em agropecuárias e floriculturas.
Siga as instruções da embalagem e não aplique no sol.
É um defensivo verde, não faz mal para pessoas nem animais.
RECEITAS CASEIRAS USANDO FOLHAS DE ALAMANDA OU ARRUDA
Pegar algumas folhas de alamanda (ou arruda) e colocar num recipiente não usado para alimento.
Despejar água quente e deixar esfriar.
Coar e colocar num aspersor destes de jardim e aplicar sobre as partes atacadas por cochonilhas ou pulgões.
Não aplicar no sol e nem antes de uma chuva. 
Usar todo o líquido e não reservar, pois tem substâncias voláteis.
 CALDA DE FUMO
Outro defensivo, feito a partir do fumo, pode ser feito em casa ou já adquirido pronto.
O sulfato de nicotina é o ingrediente ativo para combate a cochonilhas e pulgões.
Usando daqueles pedaços de fumo de corda, picar bem pequeno num recipiente não usado para alimento, colocar água e deixar macerar.
Coar, colocar no aspersor e aplicar.
Cuidado com mãos e rosto, é tóxico.
Não aplicar em dias de vento, antes de chuva, cuidar de mãos e rosto durante a aplicação, não permitir que crianças nem animais domésticos estejam ao alcance do líquido antes e depois da aplicação, nem estocar os líquidos que sobram

RECOMENDAÇÕES.
Estamos citando aqui alguns dos insetos que atacam as plantas do jardim, mas existem muitos outros, não menos danosos e que podem variar de região para região do país.
As recomendações fornecidas neste texto são para uso no seu jardim, evitando venenos que possam poluir seu ambiente.
Produções de ornamentais e hortaliças seguem um manejo diferente e devem ter assistência técnica de engenheiro agrônomo, que fará avaliação de incidência e intensidade de ataque de pragas e/ou doenças nas culturas e fará as recomendações então de controle, com defensivos químicos ou biológicos adequados a cada situação.





INSETOS BENÉFICOS NO CONTROLE BIOLÓGICO


A joaninha - um inseto benéfico ao jardim
O jardim costuma atrair insetos e outras pragas, que vêm comer folhas, raízes, flores e néctar.
Alguns são benéficos, ajudam na polinização, como abelhas, borboletas e vespas, mas muitos deles são comedores insaciáveis, destruindo as folhas e causando um efeito nada bonito nas plantas. 
Folhas destroçadas, rendilhadas, com marcas de dentadas, etc.
Ao olhar atento do jardineiro que inspeciona semanalmente as plantas, desvenda-se o que aconteceu durante a semana.
PREDADORES BENÉFICOS

Pássaros e a joaninha

No jardim aparentemente quieto, com as folhas movendo-se sob a brisa, captando a luz do sol, uma luta insana de vida e morte acontece.
Nem sempre os aproveitadores do nosso trabalho são bem sucedidos.
Pássaros e insetos predadores atuam para o controle desta comilança desenfreada.
A defesa, a “cavalaria”, tem diversas formas, tamanhos e cores.
Os pássaros são nossos aliados, desde o sabiá, conhecido cantor das madrugadas na primavera até a carruíra (ou cambaxirra) que faz ninhos em qualquer cantinho no beiral.
Mas também aquele besourinho vermelho conhecido como joaninha é um excelente caçador de pulgões e cochonilhas.

larvas de joaninha
Sua larva parece um mini lagarto preto e laranja (veja foto ao lado), quando achar um no jardim meio perdido, coloque-o sobre folhas atacadas de insetos.







A libélula

 

Alguns, no entanto fazem o trabalho sem as luzes da fama, outros são injustiçados, apenas porque têm “cara de bandido”.
Coloque substrato sem adubo


É o caso da libélula, que em inglês tem o nome de dragonfly, um predador eficaz, mas “democrático’, pois também a joaninha é sua presa.

 

 

 


O louva-deus

 

Outro com a mesma política de “passou, é menor que eu, estou caçando” é o louva-deus.
Sua cabecinha pequena, olhos separados parecendo um ponto e com cara de mau, é outro bom predador.
completando o vaso da samambaia azul com mais substrato
E, ao contrário de sua fama, não é venenoso.
Não matem estes insetos, eles protegem suas plantas.

Vespas

Vespas, quem as quer perto? Sabe o que são vespas? Não?
Mas marimbondos todos conhecem e os temem.

completando o vaso da samambaia azul com mais substrato

O famoso marimbondo, aquele de abdômen rajado e pernas amarelas que faz colméias conhecidas como camatim, é uma vespa.
Há pequeninas que passam despercebidas, outras muito grandes.
Estas capturam e ferroam a presa, em geral aranhas e arrastam para uma toca escavada.
Lá colocam os ovos sobre a vítima viva e paralisada. Quando eles eclodirem terão alimento. 
Terrível imagem? Para nosso padrão de sociedade tida como comportada, sim.
Mas na natureza é assim.



PLANTAS REPELENTES DE PRAGAS



O que é planta repelente?
Em geral são plantas com odor emitido pelas raízes, folhas e flores, que afastam formigas, lesmas, gafanhotos e aqueles besourinhos que atacam nossas roseiras e as plantas da horta.

                                           


hortelã - mentha spicata
É o caso da arruda (Ruta graveolens), da hortelã (Mentha) , Arruda - Ruta Graveolens


Outra planta também costuma afastar insetos, a losna (Artemisia absinthum) , um grande arbusto, que está começando a ser usada em paisagismo devido às suas folhas prateadas.
tajetes como planta repelente de insetosA tajetes tem outro grande valor, ela é uma planta que pesquisas revelaram ser excelente para combater nematóides, também conhecida como “pérola-da-terra”, que entra e se instala de preferência nas raízes das plantas.
Como é uma planta de ciclo curto, o jardineiro poderá usar suas folhas na compostagem e ao agregar depois o composto ao solo, ajudar na prevenção de infestação desta praga das culturas.



Como é uma planta de ciclo curto, o jardineiro poderá usar suas folhas na compostagem e ao agregar depois o composto ao solo, ajudar na prevenção de infestação desta praga das culturas
RECEITA CASEIRA ECOLÓGICA PARA REPELIR INSETOS.
Uma forma de repelir os insetos, principalmente os que atacam as plantas de horta é usar um mix de ingredientes.
Parece brincadeira, mas dá certo.
Colocar num recipiente algumas folhas de tomateiro, alguns dentes de alho esmagados, algumas pimentas daquelas conhecidas como dedo-de-moça, já maduras e algumas folhas de hortelã.
Pode bater no liquidificador, ou esmagar bem, acrescentando água fria.
Coar e colocar no aspersor.
Aplicar em alfaces, cebolinhas, salsa, couves, plantas de horta em geral.
Os insetos mastigadores, como os pequenos besouros, gafanhotos, grilos e os eternos pulgões que infestam as couves, não toleram esta mistura “ardente”. Irão embora.
Seja esperto e divida o líquido ou a dica com seus vizinhos, assim as pragas em vez de se instalarem do outro lado da cerca irão para bem mais longe, diminuindo o risco de novo ataque ao seu quintal. 




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

CONCEITOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL


Todos nós, hoje em dia, buscamos um meio ambiente sustentável, uma sociedadesustentável, uma economia sustentável, enfim, um desenvolvimento sustentável.Porém, quando falamos sobre esses assuntos, nos deparamos com uma enorme confusão em seus conceitos. Com algumas variações de linhas de pesquisa, ou diferentes autores, temos, segundo a Agenda 21 vai à escola, que:
  • Meio Ambiente sustentável: é aquele onde os recursos da Terra realmente sustentam a vida e a saúde, dando suporte ao progresso, e sendo capaz de se renovar.
  • Sociedade sustentável: aquela em que seus membros vivam em harmonia entre si e com a natureza, local, nacional e internacionalmente.
  • Economia sustentável: aquela em que as decisões de desenvolvimento, políticas e práticas não destruam os recursos do planeta Terra e sejam implementadas com respeito às várias culturas do mundo.
Segundo o relatório de Brundtland, Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades. Uma das novas teorias de desenvolvimento seria, justamente, a que combina eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica. (BRUSEKE, 1998). Para Cavalcanti 1998, não existe uma economia de sustentabilidade nem uma única forma de se chegar ao que seria realmente uma vida sustentável; inexiste tampouco uma teoria única de desenvolvimento ecologicamente sustentável, equilibrado; o que há é uma variedade de maneiras de compreender e investigar determinada questão.
A Educação Ambiental, hoje, caminha para a Sustentabilidade, sendo uma importante ferramenta a ser utilizada no intuito de alcançá-la, seja ela em qualquer setor. Trata-se de um relevante instrumento para o processo de construção de novas alternativas para o desenvolvimento (Barbosa, 2002).
O que precisa acontecer, para essa "Sustentabilidade" realmente ocorrer, é uma mudança geral de comportamento e estilos de vida, principalmente em padrões de consumo e produção. Pretende-se levar os alunos, e as pessoas em geral, a compreender a complexidade do ambiente resultante das interações nos seus aspectos biológicos, físicos, sociais e culturais, criando um modo de interpretarem isoladamente esses diferentes elementos no espaço e no tempo, a fim de que futuramente realizem uma utilização mais criteriosa e prudente dos recursos naturais. E, também, que percebam a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico, social e cultural, favorecendo a participação de todos no momento de conceber e aplicar decisões.
Atualmente a Educação Ambiental é subdividida em formal e informal.
  • Formal é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino;
  • Informal caracteriza-se por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.).
Para se atingir o que a Educação Ambiental realmente almeja é absolutamente necessário interligar esses dois aspectos citados, contribuindo para que os conhecimentos aprendidos dentro de um "ensino formal" possam ser aplicados pelas ações extraclasse; contribuindo simultaneamente com o desenvolvimento dos conhecimentos já adquiridos e para a tomada de consciência nas atitudes e competências necessárias à conservação, preservação do ambiente e melhoria de vida.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO URBANA?


Houve tempos em que era praxe o passeio ao final datarde, pelas veredas das cidades, para a observação das árvores e dos arbustos em pleno florescimento. Homens e mulheres sabiam, muitas vezes empiricamente, quando a paineira dava flores, quando o ingá gerava seus doces frutos, ou quando as primaveras e outras espécies comuns em nossas cidades sofriam alguma transformação em seus ciclos de vida. Muitas goiabeiras foram palco para as mais diversas brincadeiras infantis. E, convenhamos, quem não subiu em alguma árvore, por menor que tenha sido, para apanhar amoras, abacates, ou as referidas goiabas repletas de bicadas de pássaros? Nossas avós talvez relembrem aqueles dias em que sentir o aroma de flores constituía fato normal na vida de qualquer cidadão. 
Os tempos agora são muito diferentes. Estas atividades, hoje desconhecidas da maioria dos habitantes das grandes cidades, revelam, na verdade, algo que transcende simplesmente o senso comum e a observação empírica. A arborização de praças, parques públicos e ruas é algo necessário e de extrema importância para a sobrevivência de vários animais e outras espécies vegetais, que usam a cidade como habitat natural ou como rota durante a migração. Em ecologia, cunhou-se o termo floresta urbana, ou seja, o conjunto de árvores e arbustos que compõem a área verde das cidades, em meio ao trânsito, aos postes de luz e às casas. Mais que uma mera fonte de prazer e atividade lúdica, a arborização de ruas e outras áreas comuns das cidades é um gerador de alimento para diversas espécies de animais (mamíferos, aves, insetos) — cuja dieta depende dos frutos e do néctar de inúmeras árvores nativas do Brasil, além das inúmeras espécies que foram sendo introduzidas em nosso país por tantos e tantos anos (as chamadas espécies exóticas ou alóctones, em oposição às espécies nativas ou autóctones)(¹). Várias cidades brasileiras possuem espécies que mantém as ruas floridas praticamente o ano todo. Os polinizadores e aqueles que visitam as plantas para obtenção de alimento também podem ser vistos praticamente durante o ano inteiro. Há estudos, inclusive, sendo realizados com a floresta urbana, onde os impactos das podas exageradas e a má administração pública sobre as árvores da cidade refletem-se na diminuição das populações de vários animais polinizadores e visitantes florais, que acabam se tornando, muitas vezes, raros ou totalmente ausentes, com o passar dos anos(²). 
Muitas pessoas reclamam junto ao poder municipal ou órgão responsável pela manutenção das áreas verdes do município quando certa árvore danifica as calçadas, ou quando as folhas e as flores de certas espécies arbóreas sujam o quintal, a varanda e a churrasqueira que acabou de ser limpa. Aqui, temos que discutir uma questão que muitas vezes é deixada em segundo plano. É verdade que muitas plantas podem causar transtornos sociais. Tanto espécies nativas quanto exóticas podem trazer problemas para as instalações de uma cidade. O sistema das raízes, ou o crescimento exagerado dos ramos ou o tamanho e dureza dos frutos, sem contar outras características particulares das espécies vegetais, podem constituir problemas sérios que as autoridades e as equipes que realizam a arborização das vias publicas não estudam previamente, antes da execução de projetos de arborização. Indivíduos de flamboyant(³), cujas raízes tendem a subir em direção ao asfalto ou mesmo ao piso da calçada, por exemplo, podem destruir canteiros e causar prejuízos no asfalto de vias públicas. Similarmente, a famosa chapéu-de-sol(4), cujos frutos — as “cucas” ou amêndoas — são muito apreciados por morcegos, podem igualmente comprometer calçadas e canteiros. Os galhos quebrados ou soltos das árvores que se ramificam abundantemente podem ficar suspensos sobre os fios elétricos, sendo um perigo potencial para o início de curtos-circuitos ou acidentes mais graves. Embora a lista de “desvantagens” da arborização possa ser grande, e talvez equivalente aos pontos vantajosos, boa parte dos estudiosos do assunto adverte para algo muito simples: o conhecimento acerca da biologia vegetativa e reprodutiva das árvores, sejam elas nativas ou introduzidas, eliminaria quase que a totalidade dos problemas causados pelas espécies em questão, já que as informações serviriam como um plano-diretor de planejamento paisagístico e florístico nas cidades(5). Características gerais como preferência por ambientes, rusticidade, desenvolvimento de raízes e ramificação da copa, valor paisagístico e resistência a pragas e moléstias são parâmetros que podem ser analisados e avaliados quando da escolha pelas espécies que definitivamente farão parte da floresta urbana e, conseqüentemente, acompanhar a dinâmica da cidade por várias décadas.
Por maiores que sejam as reclamações dos munícipes acerca dos estragos de certas árvores, ou da “sujeira” que as mesmas possam causar sobre seus carros e quintais, é inegável a sensação de bem-estar que uma rua arborizada traz quando comparada a outra totalmente desprovida de vegetação. Quem já passou por cidades cuja floresta urbana é muito bem tratada, como Maringá e Campinas, por exemplo, não pode negar a importância das árvores e arbustos como cobertura vegetal das vias públicas. Cabe à população, junto aos órgãos públicos responsáveis, o planejamento e a manutenção das espécies vegetais implantadas na arborização pública, que se preza tanto a um simples “olhar as flores abrindo” quanto a um sofisticado bird-watching vespertino, com binóculos e equipamento de gravação

O HOMEM NO MEIO AMBIENTE,SER OU ESTAR


“Ser ou não ser, eis a questão”. Com esta máxima shakesperiana, a espécie humana foi colocada em cheque e, de quebra, sujeita a uma infindável lista de novas interrogações. Ser ou não ser. Uma questão crucial para o honorável escritor inglês que filosofou sobre a Inglaterra elisabetana. Uma questão crucial para os quase seis bilhões de congêneres deste escritor/filósofo do século XXI. Uma questão crucial para, talvez, os residentes futuros do planeta Água em sua maior explosão demográfica jamais registrada.
Ser. Um verbo de ligação que aprendemos a utilizar desde tenra idade, a classificar facilmente nas aulas de análise sintática e a respeitar — mesmo inconscientemente — como um verbo ligado à nossa própria natureza. “Sou fulano”. “Sou inteligente”. “Sou um cidadão consciente”. “Sou uma pessoa interessada no bem-estar dos outros”. “Sou bem-humorado”. Somos uma série de coisas. Não nos damos conta, às vezes, de outras tantas séries de coisas que somos. Simplesmente somos.
Este simples “somos”, porém, talvez passe despercebido da maior parte de nós, ocidentais, cuja maneira de ver o mundo e leitura de tempo estão atreladas a uma ausência de reflexão interna, de auto-avaliação, de medo de entender que somos incapazes de compreender nossa natureza mais simples e mais instintiva. Parafraseando os mecanicistas, eternos rivais dos vitalistas do século XIX, poderia ousar dizer que nosso organismo biológico, afinal, não é mais que um mero e intrincado conjunto de trilhões de unidades morfofuncionais, denominadas anatomicamente células, cuja composição química depende, fisiologicamente, do controle elétrico de impulsos que caminham por feixes nervosos. Em resumo: moléculas químicas reagindo entre si e dependentes de corrente elétrica? Sim. Simples e complexo. Um microcosmo formado por milhões de outros microcosmos. Simples como o verbo ser. Complexo como suas implicaões práticas.
Aonde pretendo chegar com esta reflexão preliminar? A questão do ser tem tomado o centro de mesas-redondas em várias instâncias do conhecimento científico atual. Particularmente no âmbito das ciências biológicas, a ecologia e suas áreas afins têm proposto reflexões aos cidadãos do Novo Milênio. Somos, queiramos ou não, uma biomassa significativa da crosta terrestre, com influência positiva ou negativa sobre o meio que nos cerca. Tais reflexões acerca de nossa aão na natureza talvez não tenham tomado lugar nas contribuiões ao conhecimento científico contemporâneo de cientistas como Haeckel e Odum¹, por exemplo. Talvez nunca interessem ao cidadão ‘comum’, que não entende o porquê da ciência e das coisas acadêmicas. Talvez sequer cheguem a ser a pauta de discussões dos futuros dirigentes do mundo. Mas a resposta dada a tais questionamentos pode mudar o rumo das coisas e reverter a Roda da Fortuna, desbancando as três moiras que governam o destino da humanidade.
Uma destas reflexões pode ser desencadeada pela pergunta “Somos ou estamos ecologicamente conscientes de nossos atos e seus efeitos no meio ambiente?”. O ser humano é a espécie animal que pensa a ciência e procura explicar a natureza do ponto de vista de seu próprio entendimento, fazendo parte de um ciclo vital com elos inimagináveis, inter-relacionados entre si de maneiras as mais insondáveis possíveis. A dúvida é: somos conscientes de nossos atos? Se a resposta for um empolgante e sonoro “sim”, devemos cantar os parabéns... chegamos ao ponto de deslumbrar novas consciências que procuram fazer uma leitura de mundo mais atenta e mais desafiadora, voltada ao que chamamos de ecologia sustentável, ou seja, aquela que mantém equilibradas as esferas humanas — em seus amplos aspectos, tais como o social, o cultural, o de lazer etc. — e de recursos naturais e biodiversidade. Se a resposta for um acanhado e boçal “não”, creio que é hora de refletir sobre conceitos e posturas. Talvez não estejamos sequer sensibilizados sobre nossos próprios atos e suas influências sobre os demais níveis da biosfera.
Estar ecologicamente consciente de nossos atos e seus efeitos no meio ambiente pode significar algo momentâneo e sem um sistema radicular sólido; em outras palavras, pode ser um modismo puro e simples — legal falar de ecologia hoje em dia” — ou uma opção razoável que pode, em um dado momento, ser substituída com facilidade (e sem receios!) por outra preocupação mais pertinente. Estar, do ponto de vista do comprometimento sócio-econômico-biológico, pode ser uma reação pungente e, até certo ponto, iconoclasta — romper o status quo em que se encontra o meio ambiente e a sociedade e criar alternativas sustentáveis. Mas a transitoriedade incomensurável do estar não tece tramas consistentes, não cria raízes verdadeiramente presas ao solo. O estar veste-se de algo novo, de vanguarda, com toda a pompa e a circunstância. Sua roupa, porém, pode ser tão frágil como a casa construída sobre a areia fina. A maré alta e as adversidades atmosféricas logo derrubam a casa, deixando-a à mercê das intempéries, que acabam fazendo o resto da tarefa.
Ser ecologicamente consciente de nossos atos e seus efeitos no meio ambiente é, antagonicamente, algo muito mais profundo e comprometido. A visão iconoclasta persiste, porém fundamentada em práticas consistentes, cujos alicerces tornam-se sólidos com o passar dos anos e cujos baluartes não tendem a decair pela ação das intempéries. Os modismos vêm e vão, porém a estrutura interna não é atingida. Ser consciente depende, muitas vezes, de uma vida inteira. Nem sempre é fácil ser. Às vezes, é muito mais cômodo estar que ser. Porém ser é muito mais gratificante, muito mais vivo.
O que resta, então, a dizer? Não há como julgar as pessoas e derramar sobre elas um mea culpa obstinado. Não há como estabelecer parâmetros globais e dizer que o mundo está ou é ecologicamente consciente de seus atos e seus efeitos no planeta. Não pretendo cair no chavão “faça a sua parte”. É um imperativo que deveria ser uma constante em nossas vidas. Chegou a hora de repensar valores e atitudes frente às dificuldades e obstáculos que a Terra nos coloca, em seu choro premente e cada vez mais alto. Chegou a hora de ser e deixar de estar. Sejamos, pois, eco-cidadãos de verdade, e não apenas eco-interessados ou eco-amigos, no vaivém do modismo ecológico.

CHULÉ-SUOR OU FALTA DE HIGIENE


Segundo os dermatologistas,as bactérias digerem suor, exalando cheiro ruim. Para evitar o problema, deve-se lavar os pés, usar talco e não repetir as meias
Ficar o dia inteiro com sapato fechado ou fazer uma atividade física intensa de tênis e meia favorece o aparecimento do chulé. Principalmente se os pés estiverem suados e sem a higiene adequada. Segundo os dermatologistas as bactérias na pele digerem o suor, o que exala o cheiro ruim característico do problema.
O nome científico do chulé é bromidrose, que em grego significa água malcheirosa (“bromos” é “cheiro ruim” e “hidros”, água). Mas a nossa palavra em português veio de “zulé”, que em banto, uma família linguística africana, quer dizer “peixe podre”.
Além do odor desagradável, um pé com chulé cria as condições favoráveis para o surgimento de micoses e outras doenças. Para evitá-lo, o médico recomendou lavar os pés diariamente, principalmente após um exercício mais intenso; lavar os calçados com certa frequência e não usar as mesmas meias por mais de um dia seguido.
Também é bom evitar calçar sempre um único sapato, procurar expô-lo ao sol quando possível e aplicar um talco antisséptico nos pés, para absorver a umidade e dificultar a proliferação das bactérias. Um jato de desodorante aerossol – o mesmo que vai nas axilas – pode amenizar o aspecto do calçado, sugeriu o dermatologista. Passar perfume, porém, não tem nenhum efeito positivo.
De acordo com os médicos, deve-se dar preferência para meias que absorvam o suor (como as de algodão) e não sejam de tecido sintético. Além disso, sapatos de couro ventilam mais que tênis e sandálias de plástico, por exemplo.
Para acabar com o chulé, que na adolescência pode ocorrer por questões hormonais, é indicado, ainda, beber bastante água (para diluir as substâncias do suor de que as bactérias tanto gostam) e tomar banho pela manhã e à noite, antes de dormir.
Na hora de lavar os pés, é preciso usar água e sabonete e limpar bem no meio dos dedos. Em seguida, é importante secar os pés com a toalha ou um secador frio – já que o ar quente esquenta a região e aumenta o suor.
Não é necessariamente no verão que o chulé aparece com mais frequência. Nesta época, mais pessoas usam chinelos e deixam os pés livres, ao contrário do inverno, quando se opta por calçados fechados durante longos períodos.

ESCOVANDO OS DENTES CORRETAMENTE.

Segundo pesquisas  realizadas pelo Ministério da Saúde mais da metade dos brasileiros (58%) não escovam os dentes de forma correta. A falta de higiene bucal pode causar problemas como cáries, gengivite, periodontite entre outros. Uma simples infecção bucal pode trazer conseqüências em articulações e até mesmo no coração. A própria ausência dos dentes provoca uma deficiência na mastigação, podendo provocar problemas no estômago e intestino. 
 A escolha da escova e limpeza correta dos dentes previnem cáries e diversas outras doenças. "Em qualquer atividade da nossa rotina é sempre mais fácil conseguir bons resultados utilizando bons instrumentos. Assim também acontece com a higienização dos dentes, para isso é primordial que sejam adquiridas escovas fabricadas por empresas tradicionais que utilizam materiais mais resistentes e de melhor qualidade" - explica a especialista.

Abaixo seguem os tópicos mais importantes sobre a escolha e uso das escovas de dente.

A escolha de escova dental
A cabeça da escova deve ser pequena e arredondada para alcançar qualquer região da boca. As cerdas devem ser macias, flexíveis e de pontas arredondadas, permitindo a higienização dos dentes sem desgastá-los, e da gengiva sem machucá-la. Cerdas duras podem provocar retração da gengiva e abrasão (desgaste dos colos dos dentes) seguida de sensibilidade. Cerdas da mesma altura são as mais indicadas pois penetram facilmente no sulco gengival, local de maior acúmulo de placa bacteriana. O cabo da escova deve ser confortável ao manuseio, podendo ser emborrachado.

Pacientes especiais com algum tipo de dificuldade motora podem fazer uso de escovas elétricas. As crianças contam hoje com escovas de tamanhos e formas direcionadas para cada idade. Pacientes com problemas na gengiva, com próteses fixas (antigamente conhecidas como dentaduras) ou que utilizam aparelho ortodôntico devem ter a higienização complementada com escovas interdentais e escovas unitufo. Existem também escovas apropriadas à limpeza das próteses totais e removíveis. Cabos flexíveis podem ser indicados às pessoas que fazem muita força ao escovar.

Manutenção e cuidados com as escovas
  Depois da escovação fazemos a limpeza da escova com água corrente removendo qualquer resíduo de creme dental. Também podemos lavá-la com uma solução enxaguatória bucal, secar com toalha de papel e guardar no armário ou outro local protegido de poeira e insetos. Antes de usar novamente é importante lavar com água corrente. Para uma boa conservação as escovas devem ser mantidas limpas e secas, pois as bactérias gostam de ambiente úmido para se desenvolverem. 

Escovando os dentes corretamente
Para uma escovação eficiente deve ser criada uma padronização. Podemos por exemplo começar a escovação pela arcada superior do lado direito, escovando todas as superfícies de cada dente, e vamos avançando até o último dente do lado oposto. Só então escovamos a parte inferior, seguindo o mesmo trajeto.

A região que deve receber maior atenção é o sulco gengival que tem maior acúmulo de placa bacteriana. Para limpeza dessa área, posicionamos as cerdas da escova entre a gengiva e o dente, formando um ângulo aproximado de 45 graus. Fazemos então pequenos movimentos vibratórios sem remover as cerdas da posição.

Nas faces interna e externa dos dentes, faça movimentos vibratórios circulares, sendo dois dentes de cada vez. Na face mastigatória os movimentos podem ser os mesmos, sempre de dois em dois.

Na parte interna dos dentes anteriores, a escova pode ser posicionada na vertical ou inclinada, introduzindo também as cerdas no sulco gengival para os movimentos vibratórios.

Horários da escovação
A escovação deve ser realizada após todas as refeições: café da manhã, almoço, jantar, mas a principal escovação deve ser antes de dormir. Esta deve acompanhar o uso do fio dental e é necessário um tempo maior de escovação em cada área. Esse cuidado é necessário porque durante o sono temos uma diminuição da quantidade de saliva e maior acumulo da placa bacteriana.

De quanto em quanto tempo devemos trocar a escova
Isso deve acontecer sempre que as cerdas estiverem apresentando algum tipo de deformação, nesse caso elas não higienizam adequadamente e ainda podem prejudicar a gengiva. De um modo geral, isto ocorre entre 60 e 90 dias. Podemos também fazer a troca sempre depois que nos curarmos de alguma doença infecciosa a fim de evitar contato mais prolongado com a bactéria ou o vírus que a causou