Ela só quer, só pensa em... Ficar!
Eu quero falar um pouco
Dessa tal modernidade
Que já faz parte da vida
De toda a sociedade
Até lá no interior
Também acham que o amor
Não é mais necessidade.Houve um tempo em que o jovem
Fosse homem ou mulher
Queria ser a metade
De um par perfeito qualquer
Hoje a coisa anda mudada
Do passado quase nada
É outra realidade.
Mandacaru “fulorava”
Lá na seca do sertão
Era tempo das mocinhas
Abrirem o coração
Hoje com o tal de “ficar”
Já não pensam em namorar
Mudou a situação.
Agora é beijar na boca
Transar, fazer coleção
Sair com um e acordar
Com outro em algum colchão
Com tanta promiscuidade
A responsabilidade
Foi pro espaço há um tempão.
Dá pena ver as meninas
Com tanta precocidade
Se transformarem em mamães
Ainda na flor da idade
E isso ainda não é tudo
Porque até o estudo
Também é prejudicado.
E que dizer do rapaz
Com pose de garanhão
E que dispõe de uma gata
Para cada ocasião
Mas quando a coisa complica
Ele se manda, não fica
Deixa a coitada na mão.
O que dá prá deduzir
De toda a situação
É que essa mocidade
Anda perdendo a razão
E sem razão e juízo
Quem fica com o prejuízo
É o próprio coração.
E que culpa tenho eu
Que sou pai como você
Vendo a coisa acontecendo
E deixando acontecer?
Pode ser que a conversa
Que é coisa que interessa
Pode muito resolver.
Precisa haver na família
Muito amor e união
Precisa haver amizade
Precisa religião
Tendo em que acreditar
A coisa pode mudar
Basta só um empurrão.
Há que haver também no jovem
A mínima percepção
De que tem que haver amor
Na vida e na relação
E responsabilidade
Em toda a paternidade
Que brotar do coração!
Euripedes Barbosa Ribeiro
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