A m u l t i p l i c a ç ã o d o s r i s c o s , e m e s p e c i a l o s a m b i e n t a i s e
tecnológicos de graves conseqüências, é elemento chave para se
entender as características, os limites e as transformações da
nossa modernidade. É cada vez mais notória a complexidade
desse processo de transformação de uma sociedade cada vez
mais não só ameaçada, mas diretamente afetada por riscos e
agravos socioambientais. Os riscos contemporâneos explicitam
os limites e as conseqüências das práticas sociais, trazendo consigo um novo elemento, a “reflexividade”. A sociedade, produtora de riscos, torna-se crescentemente reflexiva, o que significa
dizer que ela se torna um tema e um problema para si própria. O
conceito de risco passa a ocupar um papel estratégico para o
entendimento das características, dos limites e das transforma-
ções do projeto histórico da modernidade e para reorientar estilos de vida coletivos e individuais. Num contexto marcado pela
degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema,
isso envolve um conjunto de atores do universo educativo em
todos os níveis, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento e a sua capacitação numa perspectiva
interdisciplinar. Os educadores têm um papel estratégico e decisivo na inserção da educação ambiental no cotidiano escolar,
qualificando os alunos para um posicionamento crítico face à
crise socioambiental, tendo como horizonte a transformação de
h á b i t o s e p r á t i c a s s o c i a i s e a f o r m a ç ã o d e u m a c i d a d a n i a
ambiental que os mobilize para a questão da sustentabilidade no
seu significado mais abrangente.
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